Museu do Ingá
Construído na década de 1860, o prédio que hoje abriga o Museu do Ingá foi erguido inicialmente como um chalé pelo médico e político José Martins Rocha, mas foi apenas no final do século XIX que a propriedade foi transformada no imponente palacete que perdura até os dias de hoje. No entanto, em 1903 o palacete deixou de ser uma propriedade privada ao ser adquirida pelo então governador do estado, Nilo Peçanha, com o objetivo de abrigar a nova sede do Governo fluminense. Nesse sentido, a propriedade serviu para esta função até 1975, quando houve a fusão entre o Estado da Guanabara, antigo distrito federal, com o Estado do Rio de Janeiro.
Dessa forma, o Palácio Nilo Peçanha foi cedido para a instalação do museu e em 18 de março de 1976, o Museu Histórico do Estado do Rio de Janeiro foi inaugurado neste espaço. Em sua trajetória, o museu se dedica à história política e artística fluminense, atuando como centro de preservação e difusão dessa memória do antigo Estado do Rio de Janeiro e da cidade de Niterói. O espaço que hoje abriga o museu conta com dez salas para exposições, um laboratório de restauração, oficina de gravuras e uma biblioteca especializada em história do Brasil e do Rio de Janeiro. Dessa forma, o museu assume uma responsabilidade como um espaço interdisciplinar com a capacidade de reunir a história, a arte e a educação em um só lugar.
O museu funciona de quarta a sábado, das 12h às 17h e possui entrada franca.
Saiba Mais
A coleção da BANERJ, antigo Banco do Estado do Rio de Janeiro, começou a ser formada a partir dos anos 1960 até que em 1998, com a privatização do banco, as mais de 800 peças passaram a fazer parte do acervo do Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janeiro, mais conhecido como Museu do Ingá. Este acervo é considerado um dos mais valiosos acervos da arte modernista brasileira, composto por artistas como Djanira e Cícero Dias, retratam a cultura carioca a partir de obras que exibem ilustrações do cotidiano carioca como o Corcovado, Pão de Açúcar, samba, candomblé, e outros elementos que fazem parte do imaginário da cidade. Além disso, o acervo também conta com os maiores nomes das artes plásticas do Brasil como Oswaldo Goeldi, Tarsila do Amaral, Pancetti, Di Cavalcanti, e outros grandes nomes.
No entanto, apesar de se tratar de uma coleção preciosa, esta ficou armazenada durante os últimos anos, fora do alcance popular, mas, em de janeiro de 2022, a primeira exposição dessas obras entrou em cartaz no museu e, finalmente, estas belíssimas obras puderam ser apreciadas pelo público.